O poderoso pacto da masculinidade
Recentemente, numa conversa de bar após uma reunião veio o assunto de um homem, branco, que na época que participava como diretor de uma associação, numa festa agrediu uma mulher com quem tentou ficar e não conseguiu. A informação repercutiu e o mesmo foi expulso do cargo da associação, numa reunião aberta onde o assunto foi discutido. Agora vou contar um pouco sobre a situação do mesmo atualmente, ele é diretor-executivo de outra associação na mesma área de atuação, tem diversas portas abertas politicamente é sempre visto em discussões em brasília sobre o assunto.
Trago esse contexto para falar sobre o título desse post "O poderoso pacto da masculinidade", nessa conversa de bar, ouvi diversas vezes falando que a reação ao situação foi exagerada e que o mesmo foi execrado.
- Será que aconteceu mesmo, você estava la para ver?
- É ele ficava doidão mesmo em festas, mas quem não fica.
- Mas uma vez eu já fui empurrado por uma mulher;
As pessoas que o defenderam ao eu falar que só estavam defendendo o amigo afirmaram que nem eram amigas do mesmo.
Nunca vi tanto esforço para defender alguém que fez algo errado e que esta numa situação melhor do que ele estava antes do acontecido.
Simplesmente não aguentei e sai da mesa.
Eu penso que em muitos momentos essa defesa não é agressor em si, mas um medo de muitos por se enxergarem no agressor e ficarem preocupados com as repercussões, ao invés de ver o acontecimento e repensarem seus comportamentos eles escolhem a saída mais fácil, continuar fazendo e relativizando a situação.